A sala cheia de vidros e quadros de gôndoolas e açudes, marcava a fronteira entre a metade do almoço e a metade do jantar.
Era uma sala grande, a meio do corredor, que nunca se abria, que nunca era usada, sempre muito fria e escura..." (...)
Foram todos embora "e ela ficou, no enorme casarão, rodeada de vidros, quadros, retratos, mesas e mesinhas, jarrões, espelhos e armários a abarrotar de roupa por usar. De vez em quando, abria-os e dizia: São para as visitas..."
Alice vieira, in Jornal de Noticias, 14 de Outubro de 2001(texto com supressões)
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Estou de passagem... Ela tinha razão, passaram anos e agora não tenho solução senão voltar atrás.
Parti de um mundo à procura de algo melhor, para tentar ser feliz e menos solitário.
Agora, encontro-me novamente aqui e aproveitarei para iluminar partes do meu passado frio e escuro, que nunca foram exploradas. Sem dúvida que encontrarei boas memórias, mas se disser que estou arrependido, minto.
Estou de passagem, pois não posso, nem quero agarrar-me ao passado, tenho que desfazer-me daquela casa. Ela bem tinha razão.
Hoje, bato à porta, um passo em frente para um mundo (quase) todo explorado, um mundo do meu passado.
Ao fundo do corredor, estará ela e eu serei aquela visita que ela sempre quis receber, sempre...
Teste de Português, 10º ano, composição baseada na obra "As Visitas"
1 Sonhos:
Que texto bonito...
Gostei mesmo *-*
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